Empresa alerta para o problema dos reservatórios e influência direta no custo da energia
País deve ficar atento a todas as suas matrizes energéticas.
25/02/2021 às 16:26
A Tradener Comercializadora de Energia tem hoje um trabalho focado nas chamadas energias sustentáveis, com atenção especial para a matriz hídrica do país. Para o presidente da empresa, Walfrido Avila, “é fundamental para o Brasil voltar a acompanhar suas reservas hídricas, principalmente não descuidar de olhar para o futuro com um planejamento constante para seu melhor aproveitamento”.
Walfrido alerta que,
caso nada seja feito, a falta de reservatórios bem estruturados fatalmente fará
a tarifa da energia no Brasil aumentar para o consumidor final, em um futuro
próximo. Em sua opinião, esse processo de encarecimento já começou. “O fato é
que não está prevista a entrada em funcionamento de nenhum novo grande
reservatório nos próximos 5 anos. Tudo o que for entrar, será complementar e
não de nova estrutura”, diz ele.
Para o executivo, o
incentivo a novas fontes é importante, mas o país deve ficar atento a todas as
suas matrizes energéticas. “Se tivermos mais usinas térmicas gerando, isso
encarece o setor. Com o aumento do dólar, também os projetos solares e eólicos
tendem a trazer um aumento gradual no custo da energia”, ele argumenta, para
defender que o planejamento de novos reservatórios hídricos é o caminho ideal
para o país gerar uma energia que, além de ser limpa, é mais barata. “É uma
questão urgente, que precisa ser imediatamente repensada”.
À frente da primeira
comercializadora de energia livre do país, Walfrido Avila vem defendendo que o
Brasil precisa de novos planos e políticas de longo prazo, com um planejamento
energético mais alinhado às necessidades e condições do país.
“O setor elétrico está
preso a decisões tomadas há décadas, e é fundamental rever algumas questões
fundamentais”, aponta ele, que exemplifica com o tempo que se leva hoje para a
aprovação das licenças ambientais em projetos hidrelétricos. “É plenamente
possível para os órgãos públicos serem mais ágeis com essas licenças, e sem
qualquer prejuízo para o meio ambiente”, aponta ele.
Outro ponto que em sua
opinião poderia acelerar a geração da energia hidráulica seria uma revisão na
estrutura das PCHs – limitadas a 30 MW de geração. Walfrido defende que os
projetos poderiam ser ampliados dentro de um dimensionamento local de cada
usina. Para ele “cada PCH deve render em geração a capacidade máxima que o dimensionamento
local permitir. Hoje trabalhamos apenas com o chamado fio d’água. Nossas PCHs
poderiam sem nenhum problema trabalhar com reservatórios de curto prazo, com
ganhos econômicos significativos – mais geração a menor custo”.
Ele complementa que “as
soluções efetivas existem e não tem mais cabimento manter medidas paliativas,
que forçam o consumidor a reduzir o consumo mas não resolvem a longo prazo o
problema do aumento no custo da energia. As bandeiras vermelhas que fiquem
representando ideais onde couber, mas no setor elétrico o Brasil precisa
urgentemente mergulhar num processo de planejamento para aumentar seus
reservatórios hídricos.”
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