No Pará, CEETO participa de evento Rede Energia & Comunidades
Encontrou debateu alternativas para levar energia elétrica de qualidade para locais isolados da Amazônia Legal
15/05/2023 às 17:36
De 9 a 11 de maio, cerca
de 250 pessoas se reuniram no II Encontro
Energia & Comunidades, em Belém (PA), para debater como levar energia
elétrica de qualidade para locais isolados da Amazônia Legal a famílias que
ainda vivem no escuro, sem acesso ao recurso. Participaram líderes indígenas,
quilombolas, extrativistas, representantes de quatro ministérios, de governos
estaduais, do terceiro setor e pesquisadores.
Presente ao evento, o
presidente do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Estado do
Tocantins (CEETO), Rudnei Fonseca, reforçou a importância do diálogo
intersocial entre representantes de comunidades tradicionais indígenas,
quilombolas e ribeirinhos com gestores do sistema elétrico brasileiro e o Poder
Público, além de explanar sobre a questão no Tocantins. “No Tocantins são mais
de 500 integrantes dos povos originários que não têm energia elétrica. Eles
precisam de energia de qualidade para estudar e se sustentar, como por exemplo,
fazer o processamento de polpas de frutas, conservar o pescado, produzir
farinha, entre outras atividades”, pontuou o representante do CEETO.
Ainda segundo o
presidente, o CEETO vai realizar, em breve, visitas técnicas e debates em
comunidades tradicionais indígenas e quilombolas do Tocantins afim de elaborar
um diagnóstico da situação de fornecimento de energia elétrica àquelas
comunidades.
Sobre o Encontro
O II Encontro Energia & Comunidades foi
realizado pelas organizações representativas dos beneficiários Coiab, Fepipa,
Conaq, Malungo, CNS e pela Rede Energia & Comunidades, formada por um grupo
de organizações atentas à causa do pleno direito à energia limpa e sustentável,
conforme preconiza a legislação brasileira e o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável
(ODS) número sete da Organização das Nações Unidas (ONU).
Programação
No primeiro dia,
ativistas e servidores do poder público, do terceiro setor e líderes
comunitários visitaram duas comunidades quilombolas – Santana do Arari e
Comunidade Tartarugueiro, ambas ao lado da Ilha de Marajó – que estão
localizadas a cerca de uma hora e meia de barco, da capital Belém, mas ainda
não tem acesso à energia elétrica pública de qualidade. Durante a visita, houve
uma conversa entre os moradores e os visitantes para trocar informações. Além
disso, houve uma abertura com representantes do governo, líderes locais e do
terceiro setor.
Energia para quê?
No segundo dia de evento,
representantes do governo e líderes comunitários apresentaram as localidades
sem energia elétrica, as dificuldades em universalizar o acesso, os problemas
decorrentes da falta do recurso público. No período da tarde, os participantes
se dividiram em três grupos – indígenas, extrativistas e quilombolas – para
organizar as demandas referentes à universalização da energia elétrica de
qualidade.
No no último dia, soluções
e problemas foram discutidos. Ao fim dele, foi lida uma carta de recomendações
com base em estudos e requerimentos das pessoas que sofrem no escuro.
Foto: Ascom Ceeto